sábado, 17 de março de 2012

Sobre o gênio: Marcos Bagno.


No primeiro semestre da minha faculdade, nós temos a cadeira de Língua Portuguesa I, o que sem dúvida alguma é fundamental para qualquer curso de Comunicação Social, então,voltando ao assunto... Nesta cadeira, como conteúdo para a 1ª prova parcial, o professor solicitou a leitura de dois livros. Que são eles PRECONCEITO LINGUÍSTICO e PESQUISA NA ESCOLA, ambos do autor Marcos Bagno. 

Confesso que pouco tempo após a leitura que fiz destes livros, me imaginei escrevendo um texto á respeito da minha opinião sobre os mesmos (e vou fazer isso, principalmente sobre a obra magnífica PRECONCEITO LINGUÍSTICO), mas antes, quero falar um pouco sobre o gênio que transformou suas concepções em livros, refiro-me a Marcos Bagno. Sim, antes de analisar e comentar sobre a criatura é preciso explicar sobre seu criador. E Bagno, no ápice de sua militância contra a discriminação social por meio da linguagem, me fez sua fã. Ler PRECONCEITO LINGUÍSTICO foi como me deliciar com um saboroso chocolate. Comparação grotesca, mas verdadeira. Fui digerindo cada palavra de Bagno, minuciosamente, com receio de aquele momento findasse sem que eu ao menos percebesse. Cada minuto que levei para ler cada frase, cada parágrafo... Valeu realmente à pena. Não me arrependo. Bagno foi à luz que iluminou meu intelecto e me fez ampliar os horizontes. Não posso e nem vou entrar no conteúdo em si desses livros, porque isso será tema de um futuro post. Por hora, ficamos com um pouco da biografia de Marcos Bagno que encontrei em seu site:
Marcos Bagno nasceu em Cataguases (MG), mas sempre viveu fora de seu estado de origem. Depois de ter vivido em Salvador, no Rio de Janeiro, em Brasília e no Recife, transferiu-se em 1994 para a capital de São Paulo, onde viveu até 2002, quando se tornou professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB), tendo atuado no Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas até 2009, ano em que se transferiu para o Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução.
Como escritor, Bagno iniciou sua carreira em 1988 ao receber o IV Prêmio Bienal Nestlé de Literatura pelo livro de contos A Invenção das Horas, publicado pela Editora Scipione.
Paralelamente, Bagno vem trabalhando como tradutor para algumas das principais editoras do país, e já traduziu mais de 50 livros do inglês, do francês, do espanhol e do italiano. Como intérprete simultâneo de conferências, soma mais de 1.000 horas de cabine em eventos nacionais e internacionais.
No campo da investigação científica e acadêmica, Bagno sempre se interessou pelo que diz respeito à linguagem humana em todas as suas manifestações. Se graduou em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde também obteve o título de Mestre em Linguística com uma investigação sociolinguística sobre o tratamento da variação nos livros didáticos de português. Obteve o título de Doutor em Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP) com uma tese sobre as discrepâncias entre a língua realmente utilizada pelos brasileiros e a norma-padrão conservadora, veiculada pelas gramáticas tradicionais, pelos livros didáticos e pela mídia, que se baseiam em doutrinas ultrapassadas e não refletem a realidade da língua viva. A tese, orientada pelo Prof. Ataliba de Castilho e co-orientada pela Profa. Marta Scherre, foi publicada em agosto de 2000 pela Ed. Loyola com o título Dramática da língua portuguesa (atualmente em 3a. edição).


(Para saber mais, é só visitar o site  de Bagno)
Mudando um pouco de assunto, para vocês terem uma noção do quanto eu já admiro o gênio Marcos Bagno, vou relatar um fato interessante que aconteceu ontem. Eu fui, toda animada à aquelas lojas que vendem livros usados ou por precinhos bem em conta, ‘fiz a festa’ e quando já estava no caixa para pagar, me deparei com o livro PARA ENTENDER LINGUÍSTICA, do autor Robert Martin e é claro, que como boa discípula de Bagno (que por sinal foi ele quem me deixou até com uma vontadezinha de ser linguista) logo peguei o livro em minhas mãos e também o comprei. Tal qual foi minha surpresa ao abri-lo e ler na segunda página ‘Tradução Marcos Bagno’. É ou não é muito amor?

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